Tudo começou quando eles queriam se separar,eu lá apenas uma menina não sabendo o que fazer.A dor que eu sentia era como se tive cem arrancado meu coração e colocado no lugar, eu não sabia mais o que fazer pois tudo que dava de errado era eu a culpada nada estava dando certo, me setia perdida, a base do meu mudo tinha desabado.Pois naquele momentos eles colocaram a culpa em mim e repetiram diversas vezes que a culpa de tudo o que estava acontecendo naquele momento era minha, que se eu não tivesse nascido eu não teria separado aquele casal lindo.Foi então que tudo começou, comecei a cortar meus pulsos só que era inverno e não tinha como ninguém ver as marcas, também cheguei a tomar 10 comprimidos de remédio(sabe o desespero para cometer suicídio era tão imenso que qualquer coisa servia).Meus cortes eram profundos e largos, tinha me cortado diversas vezes, e com isso aumentava aqueles machucados gigantescos em meu braço.Para aqueles que nunca se cortaram e não sabem a sensação, é como se por aquele segundo você não pensasse em nada, era uma reação que dava que aquilo parecia que ia acabar, era como se você tivesse sozinho naquele instante,mas tudo voltava.Um dia minha mãe colocando minha roupa para lavar viu, sangue em minha blusa, e me perguntou o que significava aquilo, eu lhe disse que era um machucado que eu tinha me feito com a gilete, ela caiu nessa por pouco.Meu pai não falava comigo quase, pois eu tinha um namorado e meu pai não queria que eu tivesse um namorado naquela idade.Voltando aos cortes.Eu sabia que algo estava errado, mas sabe que é se cortar para poder se sentir bem, se alto mutilar para poder passar aquela dor por alguns segundos.Teve uma noite que aconteceu umas coisas e minha mãe disse que eu era a pior filha que uma mãe pudesse querer, que eu não prestava e que não aguentava mais ver a minha cara, eu estava literalmente sozinha naquele estante, meu pai não me olhava na cara, não falava comigo fazia mais de 4 semanas, e minhas mãe depois me falou isso, eu sei que eu era uma menina bagunçada atrapalhada desorganizada, mas eu estudava muito mesmo, eu nunca usei drogas, e também não saia de noite, só detarde e era muito raro.
Foi então que eu percebi que depois daquelas palavras depois de tudo aquilo, eu queria me matar, não queria mais dar problemas para eles.Um dia no banheiro quando fui "tomar banho", percebi também que tinha emagrecido rapido demais, pois também alem de me cortar eu vomitava, porque eu sabia que era uma forma rapida de morrer também, então ligava o chuveiro sempre tomava banho depois do almoço e da janta sempre, ligava o chuveiro e...vocês ja sabem o que eu fazia.
Fiz um corte tão horrível que ate hoje tenho uma marquinha, se pegarem meus braços e olharem bem vão ver bem direitinho os risquinhos.
Um dia na internet vi uma noticia que meninas se alto mutilavam disturbios alimentares e esse negocio de depressão.A contando que meus pais dando uma de preocupados na frente da minha avó queriam me levar no psicologo e eu era a rebelde e não queria ir, ate hoje não fui num psicologo, talvez um dia eu vá, mas talvez.
Então eu vi na internet isso e comecei a ler e a pesquisar mais e eu vi tudo o que acontecia com elas as mudanças e tudo.Foi então que eu mais tarde na frente do espelho olhei pra mim com uma lamina na mão e disse "Não isso acaba agora, não vou ficar que nem aquelas meninas".
Ate hoje não contei isso para ninguém, coloquei essa mini historia em anonimo para todos lerem e verem que meu caso foi de sorte, então se você faz isso procure ajuda.
Hoje meus pais são muito amigos, mas as feridas das coisas que eles me falaram ficaram gravadas e muito bem gravadas.
